quinta-feira, dezembro 14, 2006

SIM à DESPENALIZAÇÃO do Aborto

Porque sou pela VIDA!

Porque é que a vida de um ser que ainda não nasceu tem de ser mais imporante do que a vida de quem o traz no ventre?
Porque é que devem continuar a morrer mulheres porque um conjunto de pessoas defende a vida do bebé. Em abortos clandestinos, as mulheres encontram muitas vezes a morte. Quando a mulher decide abortar há uma morte, a do bebé, porque é que têm de haver duas, a do bebé e a da mãe quando corre mal?
Porque, não basta já o trauma de ter abortado, a mulher ainda tem de morrer ou, muitas vezes, ficar com graves sequelas para a vida? Ou ainda ser levada à barra do tribunal...

Defendo o DIREITO À ESCOLHA!
Acho que o aborto é uma decisão muito séria e que não deve ser tomada de ânimo leve.
Não concordo com mulheres que fazem do aborto uma prática contraceptiva mas será que, por causa delas, todas as outras têm de correr risco de vida porque alguém decidiu que não é legitimo abortar?
Será legitimo então ter a criança e abandoná-la num caixote do lixo ou ficar com ela e nunca lhe dar amor? Isso é melhor? Não me parece.

O chato é que, muitas das pessoas que defendem o não, se tivessem de fazer uma aborto, se calhar até faziam mas, se tivessem dinheiro, iriam fazê-lo fora do país. Ora...porque é que só quem tem dinheiro deve ter qualidade de vida? O estado-providência foi criado para defender os cidadãos...e ainda acredito nisso!

Pare para pensar...

Dia 11 de Fevreiro de 2007, eu vou votar SIM.
Sou pela DESPENALIZAÇÃO, não necessariamente pelo aborto.
Acho que deve haver lugar para a livre escolha e que, só passando por essa situação, poderia dizer com total verdade, o que faria.

7 comentários:

PJ disse...

Cara Ana Luisa, eu sou de opinião contrária e no próximo dia 11 de Fevereiro vou votar NÃO. Porquê? Porque sou pela VIDA.

«Porque é que a vida de um ser que ainda não nasceu tem de ser mais importante do que a vida de quem o traz no ventre?»
Não se trata de ser mais importante ou menos importante, a defesa da vida é o ponto fulcral. Neste caso, fica a ressalva de que quem está no ventre não se pode manifestar, ou seja, vamos só dar voz a que a tem?

«Quando a mulher decide abortar há uma morte, a do bebé, porque é que têm de haver duas, a do bebé e a da mãe quando corre mal?»
E porque não, não haver nenhuma?

«Porque, não basta já o trauma de ter abortado, a mulher ainda tem de morrer ou, muitas vezes, ficar com graves sequelas para a vida?»
E as sequelas que ficam nas que abortam. Acha que conseguem dormir tranquilas sabendo que privaram alguém da VIDA?

«Defendo o DIREITO À ESCOLHA!»
Concordo, direito, e dever, de defender a VIDA.

«Acho que o aborto é uma decisão muito séria e que não deve ser tomada de ânimo leve.»
Também sou da mesma opinião.

«Não concordo com mulheres que fazem do aborto uma prática contraceptiva mas será que, por causa delas, todas as outras têm de correr risco de vida porque alguém decidiu que não é legitimo abortar?»
Também concordo que não deve ser uma prática contraceptiva, mas acha que o aborto clandestino acabará caso vença o “sim” no referendo? Muitas vezes ele efeito por vergonha e, por isso, às escondidas. Por outro lado, acha que doentes que aguardam há anos por uma operação, continuem a ser privados da mesmo só porque alguém decidiu abortar e, por isso, lhes passará à frente?! Como contribuinte não quero “patrocinar” isso! No sentido oposto, e após já se ter verificado que a taxa de natalidade no nosso país é baixa, o Governo do sr. Sócrates prefere financiar a morte, ao contrário da VIDA e das mulheres que pretendem dar à luz. Para tal, têm que se deslocar à vizinha Espanha, acarretando elas próprias com as despesas! Isto é que é promoção à natalidade?! Pegando precisamente na propaganda do engenheiro Sócrates ao “sim”, uma questão se coloca: “Sr. Primeiro-Ministro, é assim que pretende manter-se no comboio da Europa?! Quer despenalizar o aborto, por outro lado continua a contribuir para uma baixa taxa de natalidade! No mínimo contraditória esta política, não?!”

«Será legitimo então ter a criança e abandoná-la num caixote do lixo ou ficar com ela e nunca lhe dar amor? Isso é melhor? Não me parece.»
Pois, a mim também não me parece que o caixote seja a melhor solução, até porque existem milhares de famílias desejosas por adoptar uma criança. Tenho uma amiga que foi abandonada pela mãe à nascença e que foi adoptada imediatamente. Diz ela que foi mais amada durante estes trinta e tal anos de vida, que muitas crianças, filhas de pais biológicos!

«O chato é que, muitas das pessoas que defendem o não, se tivessem de fazer uma aborto, se calhar até faziam mas, se tivessem dinheiro, iriam fazê-lo fora do país. Ora...porque é que só quem tem dinheiro deve ter qualidade de vida? O estado-providência foi criado para defender os cidadãos...e ainda acredito nisso!»
Pois, cada a caso é um caso e é muito provável que isso aconteça, agora, pegando no “estado-providencia” e na defesa dos cidadãos, essa protecção não devia de começar no ventre? E porque é que – na linha da resposta atrás – eu tenho que pagar, como contribuinte, um aborto? Quem espera por um tratamento/operação no público tem que se sujeitar a esperar, mas as mulheres que querem abortar não, passam à frente? São elas mais que alguém? Quem é o Estado para decidir que esse procedimento é prioritário em relação a uma pessoa que, por exemplo, aguarda por um transplante? Repito: Eu não quero financiar isso, é por esse motivo, que irei votar NÃO.

As opiniões valem o que valem e, apesar de ter uma contrária, acho muito útil este tipo de debates. Há falta deles, aliás. Muitos jovens, com poder de voto, se calhar vão exercer o seu direito no próximo dia 11 de Fevereiro, sem o mínimo de consciência… Isso sim é que está mal.

Continuação de boas postas,
Pedro Jerónimo

Ana Luísa Henriques disse...

Obrigada pela sua contribuição.
Eu vou votar SIM mas respeito quem votar NÃO.
Concordo consigo, o importante é que se vote em consciência e devidamente informado sobre as várias hipóteses.

Anónimo disse...

eu também vou votar sim.....concordo plenamente com aquilo que referiu e ainda gostaria de dizer ao sr(a)? k@chume que eu também sou a favor da vida...mas de uma vida digna e justa...porque se um bebe não pode interferir na decisão da mãe em abortar ou não, também não pode decidir em nascer ou não no ventre de outra criança (gravidez adolescente), nem de uma mãe que não lhe dê amor e carinho, porque não tinha dinheiro para ir a espanha abortar e etc etc.......por outro lado aproveito para lhe deixar a questão: concorda que as mulheres que façam abortos sejam presas?? e concorda com a lei existente que segundo quem a defende, automaticamente considera que uma criança com trissomia 21 ou fruto de uma violação não seja vida? gostaria que me respondesse pois de várias discussões que tive ainda ningu´´em que apoia o NÃO me conseguiu responder directa e honestamente a estas questões. Obrigada

Ana Luísa Henriques disse...

Respondendo à sua questão: não concordo que as mulheres que abortem sejam presas (tb por isso vou votar SIM no referendo).
Sabe o que disse um profesor da minha irmã numa aula?
"Eu vou votar não mas quando a namorada do meu filho engravidou, levei-a a Espanha para fazer um aborto"
Pergunto eu: quem não tem dinheiro para ir a outros países fazer um aborto deve ser relegada para as mãos de carniceiros onde pode até morrer? A questão não está em abortar ou não mas nos direitos de cada um a ter cuidados médicos quando necessários.

Quanto à questão da trissomia 21 e da violação, concordo que já se pudesse abortar nesses casos mas acho que a excepção deveria ser estendida a todas as mulheres. Porque é que uma pessoas bem de vida e que decide ter o seu filhos apesar dele ter trissomia 21 pode ter direito à escolha e uma mãe que nao esteja preparada para o ser é obrigada a ter a criança se for excluida destes casos?

Olhem para os casos de crianças maltratadas, deixadas nos caixotes do lixo ou em instituições e ponham a mão na consciência...será isto melhor a não ter nascido?

Anónimo disse...

Ana Luisa...mas as questões que coloquei não eram para si...eram sim para ou outro comentário do sr ou sra que vai votar não.....como disse concordo com tudo o que a Ana Luisa diz.....e a questão que coloquei em relação á violação ou á trissomia 21 foi simplesmente por ainda não ter visto ninguém do NÃO a ser coerente.....volto a repetir, se os apoiantes do não kerem ser coerentes e o seu principal lema é o SIM À VIDA, então pk é que uma criança com trissomia 21 não pode ter direito á vida?? isso e mtas questões que poderiamos abordar, no entanto, apesar de ser profissional de saúde e de ser aberta a discussões e gostar de ouvir opiniões diferentes das minhas, neste caso não consigo discutir pois axo k há coisas que não têm discussão possivel. Vamos acabar com mulheres mal tratadas, vamos acabar com gente que ganha dinheiro ás custas de abortos em vãos de escadas,vamos acabar com crianças abandonadas, crianças que não têm amor e carinho simplesmente porque a mãe não tinha dinheiro para ir a espanha abortar, acima de tudo vamos acabar com a hipocrisia. O sim á vida, concordo, mas se a criança que nascer for desejada, e se os pais tiverem todas as condições necessárias para as crianças serem felizes..isso sim é dizer sim à vida.......(mais uma vez desculpe a intromissão no seu blog, mas gostei mt da forma como abordou a questão....)

Ana Luísa Henriques disse...

Concordo com tudo o que disse.
E sinta-se à vontade para se intrometer no meu blog sempre que quiser. Será sempre bem vinda ;)

Anónimo disse...
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