quarta-feira, dezembro 21, 2005

Presidenciais 2006

Eu gostava de perceber realmente as ideias dos candidatos à Presidência da República... sinceramente, gostava.
Estes debates, num molde muito interessante, diga-se de passagem, resultam pouco para sabermos alguma coisa sobre a candidatura destes senhores.
Na maior parte do tempo, o que vemos é os candidatos a acusarem-se uns aos outros, do que fizeram, do que poderiam ter feito, do k disseram...

Ninguém lhes disse que os debates são sobre as Presidenciais e não sobre o passado? Alguém os informou que era suposto esclarecerem-nos sobre as suas ideias para a Presidência?
Se calhar não, então, se calhar (e só mesmo se calhar) eles não têm culpa...Coitados. São mais umas vitimas do sistema.

Não é que tenha visto todos os debates, nem sequer consegui ver um inteiro, mas parece-me que falar do passado e acusarem-se mutuamente sobre o que fizeram ou não no passado, não nos leva a lado nenhum. E também não ajuda o país que está cada vez mais em baixo.
Por favor: alguém lhes diga o que é um debate e lhes explique a diferença entre isso e uma discussão de rua (sim, porque não é o dizer "Sr. Dr." X e a seguir enxovalha-lo e mandar-lhe à cara sabe-se lá o quê, que nos vai levar a algo chamado debate, nem sequer é boa educação - ainda que eles o disfarcem com o "Sr. Dr.")!!!

E eu continuo sem saber em quem votar....

Mas é desta que voto.

terça-feira, novembro 08, 2005

Violência em França

E o que dizer à violência, que se está a tornar generalizada, em França? Começou nos arredores de Paris, alastrou a outras localidades e está já a chegar a outros países.
A situação dos emigrantes talvez não seja a melhor possível, que não é, mas também não é assim que conseguem alguma coisa. Assim, apenas conseguirão ser, cada vez mais, marginalizados e postos de lado em vez de se instituirem na sociedade.
É dificil estar num país que não é o nosso, num local cuja língua muitas vezes não falamos mas é preciso "fazer-se à vida", trabalhar no que se conseguir e, na maioria das vezes, isso significa trabalhar em limpezas, nas obras ou na madeira. De qualquer forma, isso são trabalhos dignos e é com eles que se podem integrar na sociedade e dar aos filhos oportunidades como se fosssem filhos daquele país.
Tenho grande parte da minha familia emigrada em França e todos eles estão, em menor ou maior grau, integrados na vida francesa. Não foi fácil, ainda hoje há discriminação por parte dos franceses mas eles trabalharam e fizeram por se integrar.
E é assim que todos temos de agir em países estrangeiros: trabalhar e lutar pela integração. É dificil, custa bastante mas foi a pessoa que escolheu emigrar e futuramente isso irá dar frutos.

Votos de que esta violência acabe e de que todos os imigrantes em França não venham a sofrer represálias devido a esta onda de violência que alguns estão a provocar.
Tenho alguma familia nos arredores de Paris e temo por eles...

segunda-feira, novembro 07, 2005

Direitos de Autor: Jornalistas contra tentativas de cedência forçada

Este é um tema bastante importante e que está na ordem do dia desde que existem grande grupos de Comunicação em Portugal. Será legitimo um jornalista receber tanto se uma noticia sua sair em apenas um jornal como se sair em mais? Ou até se a sua reportagem for aproveitada por um jornal e uma televisão do mesmo grupo? Será legitimo não ter o mesmo direito que os escritores têm em relação ao que escrevem?

O Presidente do Sindicato dos Jornalistas, Alfredo Maia apelou à "defesa da integridade da criação jornalística e a necessidade de fazer depender de autorização prévia e expressa do Autor a republicação em órgão diferente daquele para que foi originalmente produzida" num seminário promovido pela Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) em colaboração com o Sindicato dos Jornalistas (SJ) e com o apoio da Comissão Europeia, realizado sábado e domingo, 5 e 6 de Novembro de 2005.

sexta-feira, novembro 04, 2005

Outra vez o referendo ao aborto...

Depois de muito tempo afastada do blog, aqui estou eu para falar...novamente do aborto.
Eu concordo com o Primeiro-ministro que era preferível referendar o assunto mas, uma vez que a proposta já chumbou duas vezes (ainda que uma delas por causa das confusões de quando começava a sessão legislativa) então o melhor era AVANÇAR e passar a proposta nos Parlamento que é para isso (e nao só!) que servem as maiorias absolutas.
...e lá está o país parado...mais uma vez.

Lol

terça-feira, maio 03, 2005

O referendo ao aborto

Quando ouvi o Presidente da República anunciar que não ia convocar um referendo ao aborto fiquei indignada. Só mais tarde compreendi que ele tinha boas razões para isso. Se, no outro referendo houve uma elevada abstenção, imagine-se o que não aconteceria se este fosse feito durante o Verão...
Palmas para o senhor Presidente mas não se esqueça a questão do aborto, se não pode ser no Verão, logo a seguir às férias...