terça-feira, agosto 22, 2006

Noticias de mim...

Tenho andado em Castelo Branco. Na rádio, tal como tinha dito. E já agora, um bocadinho de publicidade: Rádio Urbana - 97,5 FM Castelo Branco, 100,8 Região da Gardunha.
Estive na Rádio três semanas e aprendi bastante. Sobretudo percebi como as coisas funcionam e como as pessoas podem ser matreiras. Conheci uma rapariga muito simpática que me ajudou a integrar e que esteve sempre pronta a ensinar. Não é que todos os outros não fossem simpáticos mas a Arlete era a pessoa mais aberta e, por isso, aquela com quem estava mais à vontade.

A Rádio (pelo menos aquela, é uma rádio regional e tem poucos meios, incluindo os meios humanos) é um pouco diferente do que imaginava. Não é que tenha perdido o encanto mas é bem diferente. Percebi que, como jornalista, o maior prazer não será trabalhar numa rádio pois as noticias aí são curtas, rápidas e não há tempo para grandes investigações. Essas ficam para os jornais ou para as televisões em programas especificos. À rádio resta a música e os informativos curtos, à excepção de rádios informativas onde se pode desnvolver mais. A Rádio é um desafio pois há muito a fazer em pouco tempo e há poucos meios humanas mas, o que eu gosto é procurar, desenvolver, fazer reportagens e na rádio há pouco espaço para isso. O interessante da rádio será, talvez, a animação. Mas para animar há que ter um grande à vontade. E deve-se usar os programas para dar informações úteis. Como fazem na Urbana (pelo menos em alguns programas). Foi giro perceber como funciona mas, agora sei que não é bem aquilo que quero fazer.


Agora estou numa curta-metragem de um colega meu. Vou fazer a anotação ainda que não esteja bem certa da função em si. Já conversámos e espero fazer bem a minha parte. O filme pega no familiar/ não familiar ou unheimlich. Pega num casal que de casal só tem o nome e o facto de viverem na mesma casa pois seria dificil estarem mais afastados do que estão. Pega num homem que tem uma grande relação com o seu cão mas que não consegue fazer o mesmo com as pessoas. Há boas ideias de realização e o realizador tem uma noção bastante boa do que quer fazer. Sabe o que quer e o que ele quer parece-me que funciona bastante bem. Também está reunido de bons profissionais: fótografos profissionais, um camera de tv. O filme vai ser feito na sua camera HDV que me parece ter uma qualidade impressionante. Todos sabem o que estão a fazer e, talvez o mais importante, todos se conhecem relativamente bem e todos se dão bem. Porque, como diz o realizador, um filme tem que ser feito num ambiente porreiro e descontraido apesar de ser feito de uma forma séria. Todos levam a sério os seus papéis mas isso pode ser feito de forma a que fazer o filme seja um prazer e não uma chatice com uma pressão de morrer. A pressão existe, claro, mas tem também de deixar espaço para o prazer de fazer um filme. Como ele diz, de stresses e mau ambiente estava ele farto, por isso saiu da televisão. Se fosse para ter um filme assim, mais valia não ter filme!

Espero que corra tudo bem e que nada falhe por causa de mim. Parece-me que sou a pessoa menos segura da sua função. Vamos ter uma semana de ensaios e uma semana de rodagem. Espero que os eventuais erros e faltas sejam ultrapassadas nos ensaios. Aprender, tenho a certeza que vou aprender bastante! E divertir-me, espero que também.

Unheimlich..........talvez um dia num cinema perto de si.

sexta-feira, agosto 04, 2006

Exames

A média de quimica subiu, houve o dobro de positivas e a Ministra da educação acha que "valeu a pena".
Não sei se valeu ou não, o que acho é que, havendo repetição, deveria haver de outros exames também. Por exemplo, de fisica e quimica de 11º.

Podem dizer que 11º não é 12º e que o que está em jogo é o acesso ao ensino superior...então dou-vos uma novidade: os exames realizados este ano no 11º ano (pela primeira vez) são exames para o acesso à universidade também. São exames de um programa novo que estes alunos iniciaram no 10º ano. Na escola da minha irmã, de duas turmas que fizeram o exame numa 1ª fase apenas 2 ou 3 alunos tiveram positiva. A professora disse que foi assim um pouco por todo o país. O exame tinha perguntas às quais nem os professores sabiam responder e responderiam igual aos alunos. Tinha perguntas cuja resposta era diferente da que está no livro adoptado pela escola...

Por tudo isto pergunto: se houve excepção para os alunos do 12º porque não houve também para os alunos do 11º? Os do 11º são menos que os do 12º? Muitos deles estão já impedidos de utilizar esta prova de ingresso para aceder à universidade pois não conseguiram alcançar os 9,5 necessários.

Pergunta à ministra: lembrou-se deles?

Acrescento ainda a inconstância e o nervosismo que a remodelação no ensino secundário provocou. Estes alunos que se encontram no 11º são os alunos que já estão dentro da reforma e, por isso, souberam muito mais tarde quando seriam os seus exames e até quantos exames poderiam ou teriam de fazer.

Porque é que se faz tudo em cima do joelho sem pensar nos problemas que isso traz aos alunos?
A escola é feita de alunos e para os alunos. Ou pelo menos deveria ser assim...