tag:blogger.com,1999:blog-111594672024-03-07T04:51:23.218+00:00Eu...sou euEste é um blog que vai servir essencialmente para dar a conhecer o que penso de certos assuntos. Mais, logo se vê! :)Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.comBlogger86125tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-86023767596312169742013-11-11T13:30:00.000+00:002013-11-11T13:30:02.026+00:00O Adeus à D. Maria dos Anjos<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivvcVWPl-Lov7g_KmGtHccSKWTsjhER8AZkONsvip-ZGB_JHzoKvyQg0nN2XTmp9uNLJVk8fRVJ3lzuGxCkwF-DcX-Ulmbb8hcA55sq6H5xRkkNVhoIexB3yy_xhiAffhaJsBu4Q/s1600/esperanc3a7a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivvcVWPl-Lov7g_KmGtHccSKWTsjhER8AZkONsvip-ZGB_JHzoKvyQg0nN2XTmp9uNLJVk8fRVJ3lzuGxCkwF-DcX-Ulmbb8hcA55sq6H5xRkkNVhoIexB3yy_xhiAffhaJsBu4Q/s320/esperanc3a7a.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">De: <a href="http://jorgemiguelcs.wordpress.com/tag/esperanca/">http://jorgemiguelcs.wordpress.com/tag/esperanca/</a></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A D. Maria dos Anjos foi uma pessoa, também com leucemia, que acompanhou sempre a minha mãe. Desde a entrada com direito a estadia pelos corredores, passando pelo quarto onde estava uma pessoa incapacitada, que não conseguia falar e por isso estava sempre a gritar, tanto de noite como de dia, até à mudança para a ala só de hematologia. Neste processo todo, só uma vez ficaram em quartos separados. Mas nunca deixaram de se preocupar uma com a outra. (E nesta vez, o quarto que coube à minha mãe viu morrer as outras três pessoas que o dividiam com ela... não é fácil olhar para a morte todos os dias, especialmente quando se está tão fraca).</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A irmã da D. Maria dos Anjos ia visitá-la todos os dias e estava com ela o tempo que podia, muitas vezes, e tal como eu e a minha irmã, durante a totalidade do período da visita. Sempre fez questão de saber como estavam as outras pessoas do mesmo quarto, com especial atenção para a minha mãe uma vez que ela e a D. Maria dos Anjos tinham criado um elo especial devido ao seu percurso semelhante dentro do hospital. Mesmo quando estiveram em quartos diferentes, a irmã da D. Maria dos Anjos fazia questão de fazer sempre uma breve visita à minha mãe para saber como ela estava. E o mesmo fazíamos eu e a minha irmã, íamos sempre ao pé da D. Maria dos Anjos saber como ela estava.</div>
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<br /></div>
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A D. Maria dos Anjos raramente vomitava e conseguiu sempre comer. As pessoas são mesmo assim, nem sempre reagem da mesma forma a tratamento semelhante. Na verdade, não tenho a certeza se o tipo de leucemia dela era o mesmo que o da minha mãe (creio que sim) mas ela reagiu sempre de modo diferente. Infelizmente várias vezes tinha sangue nas fezes e nem sempre se sentia bem, também ela estava muito fraca mas a conseguir aguentar a quimioterapia.</div>
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1LzA_6YS5hye-hVlct12sa74iOFUgRMfMUV12M6j0IEWwjlFJDbF-0BA5Adb-UKMOzLP7ZXYgbvfAhX8S0aBTMOBhq74yjzqgHDYsqVcu6C70x_fvBhpAux8dr2V3Jgg-GJ3jOg/s1600/hope.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1LzA_6YS5hye-hVlct12sa74iOFUgRMfMUV12M6j0IEWwjlFJDbF-0BA5Adb-UKMOzLP7ZXYgbvfAhX8S0aBTMOBhq74yjzqgHDYsqVcu6C70x_fvBhpAux8dr2V3Jgg-GJ3jOg/s320/hope.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">De: <a href="http://jorgemiguelcs.wordpress.com/tag/esperanca/">http://jorgemiguelcs.wordpress.com/tag/esperanca/</a></td></tr>
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<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: justify;">Depois de algum tempo na ala de hematologia, a D. Maria dos Anjos teve uma grande infecção que levou ao adiamento da quimioterapia seguinte. Primeiro combateu-se a infecção pois o organismo já está fraco devido à quimioterapia pelo que se houver infecção, provavelmente o corpo não aguentará a quimioterapia.</span></div>
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<br /></div>
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A D. Maria dos Anjos melhorava de dia para dia, ainda que estivesse muito cansada e sem forças. Quando, finalmente, se pode avançar para a quimioterapia, ela resistiu bem aos primeiros dias mas depois as coisas pioraram e houve uma reviravolta enorme. Voltou a ter infecção (talvez ainda tivesse resquícios da anterior) e o corpo e a medicina não conseguiram combatê-la. De um dia para o outro, os órgãos começaram a entrar em falência e o cancro a espalhar-se, não havia nada a fazer, era uma questão de horas até ao fim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Posso dizer que visitei a minha mãe no último dia de vida da D. Maria dos Anjos e os médicos e enfermeiros fizeram tudo o que podiam por ela, sou testemunha disso, e quando nada mais havia a fazer, fizeram tudo o que estava ao alcance deles para que as suas últimas horas fossem passadas no maior conforto possível, chegando até a trazer mantas eléctricas para que ela se mantivesse mais quente uma vez que estava praticamente gelada.</div>
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<br /></div>
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O marido da D. Maria dos Anjos mal conseguia enfrentar esta realidade. A irmã dela nunca deixou a porta do quarto, se ia perder a irmã, pelo menos acompanhava-a o máximo que pudesse. Nesse dia uma tia minha visitou a minha mãe e quando viu a irmã da D. Maria dos Anjos dirigiu-lhe palavras de esperança mas eu cortei-lhe a frase e indiquei-lhe que devia ir ver a minha mãe. Estas palavras de esperança não ajudam quando se sabe que o fim é certo. Restou-me dar algumas palavras de apoio e desejar que ultrapassassem este período o melhor que pudessem. Agradeci-lhe ainda tudo o que a D. Maria dos Anjos e ela tinham feito pela minha mãe, ao importarem-se com ela, ao dirigirem-lhe todos os dias palavras de incentivo.</div>
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<br /></div>
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Nessa madrugada, a D. Maria dos Anjos faleceu. No outro dia, pedi à pessoa da recepção para dar o meu contacto à irmã da D. Maria dos Anjos porque gostaria de estar no seu funeral. Na verdade, ela nunca me ligou, nem sei sequer se ligou para o hospital e chegou a saber que eu tinha deixado o meu contacto. Mas percebo-a completamente, os dias passados naqueles corredores são muito difíceis de ultrapassar e na hora da maior dor, a morte da irmã, percebo que tenha sido ainda mais difícil pensar em qualquer pessoa que lhe lembrasse a doença que tinha levado a sua irmã.</div>
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<br /></div>
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(Ainda hoje, passados dois anos e meio, nem a minha mãe nem nós conseguimos ainda voltar ao piso da hematologia, por isso compreendemos perfeitamente o que sentiram, uma vez que os desfecho da D. Maria dos Anjos foi ainda pior que o da nossa mãe).</div>
Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-40097076325212495552013-11-08T13:29:00.000+00:002013-11-08T13:29:33.224+00:00Um dia de cada vez<div style="text-align: justify;">
Felizmente aquele adeus não se verificou ser o fim. Pouco a pouco, e com muito custo, ela voltou a falar... e a dizer que não tinha força nas pernas. Durante dias, talvez semanas, foi ignorada por médicos e enfermeiros que diziam apenas que as pessoas ficam fracas depois da quimioterapia e que muitos não reagem e deixam-se ficar simplesmente como se fossem apenas pessoas que não quisessem continuar. É verdade que isso pode acontecer, já aqui indiquei que a quimioterapia corrói a pessoa, vai-a destruindo até restar pouco mas é a única que também pode salvá-la, extinguindo o cancro.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXpR2qmKvQbiKXi3Xho5BLTAGR_xVosM4P3pb8DemIyb6FrTWJsJlark8Lc1QZdzHY13SQke3WUYM9YDxvwydsvG2a1Nz43GFvZRYs-m57OC9uXdh8LlHCCNxIvAqPZDs0O9xFNA/s1600/hospital.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXpR2qmKvQbiKXi3Xho5BLTAGR_xVosM4P3pb8DemIyb6FrTWJsJlark8Lc1QZdzHY13SQke3WUYM9YDxvwydsvG2a1Nz43GFvZRYs-m57OC9uXdh8LlHCCNxIvAqPZDs0O9xFNA/s320/hospital.jpg" width="320" /></a></div>
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Sem que nós soubéssemos, a minha mãe caía 2 a 3 vezes ao dia pois como os enfermeiros e auxiliares pensavam apenas que ela estava a ser preguiçosa e a não querer mexer-se, quando iam levantá-la ia apenas uma pessoa e acabava por deixá-la cair. No meio do nosso desespero, só mais tarde viemos a saber o que tinha acontecido e ficámos revoltadíssimas, quisemos fazer queixa mas a minha mãe não quis, tinha medo que ainda fosse pior pois era ela que tinha de ali estar e lidar diariamente com aquelas pessoas... é muito triste a pessoa ver-se tão mal e à sua volta não haver humanidade suficiente para perceber que estes doentes (ainda que não tivessem mais nada para além da leucemia) são doentes com os quais é necessário ter ainda mais tacto e ajudar no que for possível para que possam aguentar o processo terrorista de uma quimioterapia. Ali, conheci pessoas fantásticas, que realmente se preocupavam, mas conheci também auxiliares que pensavam estar a tratar com objectos, desde deixarem a minha mãe cair, até não a ajudarem a limpar-se quando fazia as suas necessidades... é muito triste que estas pessoas trabalhem num hospital e, principalmente, numa ala de oncologia, onde as pessoas chegam a estar completamente dependentes delas.</div>
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<br /></div>
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Todas as semanas falávamos com as enfermeiras e elas nos diziam que ela devia estar fraca da quimioterapia e que não estava a querer levantar-se. Sempre lhes disse que a minha mãe não era assim, sempre fez tudo e mais alguma coisa sozinha, não é pessoa de pedir aos outros, se puder fazer. Aliás, só nas piores alturas, em que não conseguia segurar o prato da sopa é que éramos nós a dar-lha pois, enquanto conseguiu, fez questão de o fazer ela própria.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmXkbLmciM-sr3z3TQQSl-UWPsNGsNbHAXDNxhyphenhyphenAo9pSWcvDp-fmWmLEZvNx7ZXUqA7MJ1Hd4BH_9HVTy6Sm-j56YtCvrr8aYrRlqv0myEzb4YHXZd4Hi7Z7SE4_og9acO8ggHcA/s1600/Cama.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmXkbLmciM-sr3z3TQQSl-UWPsNGsNbHAXDNxhyphenhyphenAo9pSWcvDp-fmWmLEZvNx7ZXUqA7MJ1Hd4BH_9HVTy6Sm-j56YtCvrr8aYrRlqv0myEzb4YHXZd4Hi7Z7SE4_og9acO8ggHcA/s1600/Cama.gif" /></a></div>
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<br /></div>
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Entretanto, de uma vez por todas, chegou-se à conclusão que o que a minha mãe tinha era alguma coisa para além dos efeitos da quimioterapia e foi chamada uma médica da medicina física e reabilitação e da neurologia. A primeira boa (?) notícia que nos deu, passados alguns exames, era que tinham pensado que poderia ser um segundo cancro mas que já tinham despistado essa hipótese... a conclusão que tinha a dar-nos era que a quimioterapia tinha matado não só as células cancerígenas como tinha feito o mesmo aos músculos e que a minha mãe iria levar 6 meses a 1 ano a voltar a andar... a minha mãe ficou em pânico, mais depressiva ainda, pois não conseguia ver-se agarrada a uma cama e dependente por tanto tempo. </div>
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<br /></div>
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Depois do diagnóstico, começou a fazer fisioterapia mas, acredito que se tivesse sido diagnostica antes (em vez de ignorada), talvez nunca tivesse perdido a faculdade de locomoção. Com este diagnóstico foi-nos ainda indicado que ela não poderia fazer mais quimioterapia nem o transplante (que é antecedido por uma quimioterapia diferente) para que ela não perdesse completamente as suas faculdades e que este diagnóstico seria revisto mais tarde. </div>
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<br /></div>
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Por um lado, ela poderia tornar-se um vegetal, por outro poderia morrer se a leucemia voltasse ao grau inicial... não sabíamos para onde nos virar, nem a própria médica dela, teríamos de esperar para ver como seria a evolução.</div>
Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-65673696849947840782013-04-25T23:10:00.001+01:002013-04-25T23:10:15.648+01:00O ciclo de quimioterapia que começou bem e acabou muito mal...<div style="text-align: justify;">
O segundo ciclo de quimioterapia correu bastante bem, tendo em conta o que ela tinha passado no primeiro. Conseguiu comer sempre, comia pouco mas comia, e nem sequer vomitava (ou acontecia poucas vezes). Eu, do outro lado do hemisfério, tinha todos os dias o coração nas mãos. Liguei-lhe no dia da mãe, já eu estava a deitar-me e ainda estava apenas a começar a visita dela nesse dia. Doeu muito não estar com ela mas, pelo menos, ela parecia bem. Liguei-lhe a caminho de empresas, depois de palestras em universidades e até no barco a caminho de Macau. Nunca me custou tanto estar tão longe...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Chegada a Portugal, fui visitar a minha mãe. Ela estava abatida mas sentia-se um pouco melhor do que da primeira vez. Tinha febre algumas vezes, vomitava esporadicamente mas até conseguia comer qualquer coisa e parecia bem melhor do que no primeiro ciclo. Transmitimos-lhe força e dissemos-lhe que provavelmente era o organismo que estava a responder melhor ao tratamento, o que era verdade mas nunca se sabe como vai ser a seguir. </div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKe30V2QXULx1s6JWUPCFDJ4n2eCqHL1kWtqM0k38UGcFJNGlrKJTj86cBA8u9W9DLcPSgtX_yuWiy0qVQPVrLQYH9EUunHdm6UeYES5BbpebtE3LX20kbuQU2tP4AiC6QvKJMWg/s1600/lagrima.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKe30V2QXULx1s6JWUPCFDJ4n2eCqHL1kWtqM0k38UGcFJNGlrKJTj86cBA8u9W9DLcPSgtX_yuWiy0qVQPVrLQYH9EUunHdm6UeYES5BbpebtE3LX20kbuQU2tP4AiC6QvKJMWg/s320/lagrima.jpg" width="294" /></a>Uns dias depois ela teve um pico elevadíssimo de febre e uma quebra de tensão extrema e desmaiou: foi um choque séptico mas os médicos conseguiram reagir a tempo e ela sobreviveu. Mas esse dia marcou um ponto de viragem, ela não tinha forças para nada, não conseguia comer, estava sempre a vomitar e o corpo não reagia como ela queria.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Durante dias, talvez semanas, diariamente fomos ter com ela só para estar junto da cama dela, para ela saber que estávamos lá para ela. Durante dias, talvez semanas, diariamente ela nos recebia de olhos fechados e sem dizer uma palavra. Ocasionalmente abria os olhos para voltar logo depois a fechá-los. Lentamente, muito lentamente, mas um bocadinho mais a cada dia, fomos percebendo que ela se afastava de nós, que ela estava a desistir. E nós, ao lado dela, sentíamo-nos impotentes, não podíamos fazer nada, nem sequer os médicos podiam fazer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nessa altura, deixámos de autorizar visitas pois as pessoas quando lá iam, ao tentar falar com ela, só a deixavam mais em baixo. Ela não tinha forças para nada, estava a desaparecer à nossa frente...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um dia uma prima nossa que viveu connosco veio a Lisboa e pediu-nos para a visitar com o marido. Deixá-mo-los ir. Quando ela me perguntou, antes de entrar, como ela estava, só pude dizer: mal, ela está a desistir, eu não sei mais o que fazer. Quando ela saiu de lá ficou com a mesma ideia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um dia, ela abriu os olhos apenas para me dizer "adeus, eu levo-te a ti a à tua irmã no coração e não se esqueçam da avó (a mãe dela). Vão vê-la e buscá-la sempre que puderem". Saí de lá lavada em lágrimas mas disse-lhe que não, que ela não se ia embora, ainda tinha que acompanhar as filhas durante muitos anos, por isso não podia ir a lado nenhum. Ao sair daquele quarto, no entanto, eu sabia que ela estava no limite, já tinha desistido, e que o mais provável era que aquele adeus fosse uma verdadeira despedida. </div>
Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-38303775761814984542013-03-02T21:05:00.001+00:002013-03-12T18:31:39.397+00:00O segundo ciclo de quimioterapia, a China e o dia da Mãe<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdxnEp14d0KQ_vJH6SoAKCZFQPxlBt_ZEsnJCA1AFEd-EYo-kEOzg_UsGjhHfHQnNdMEEFjSdgmeE01S_d_DLYeurJ7k4UIF1iYah_zQdYqsMcHp5buN3XaENo0oV1YT8YiJWG0Q/s1600/esperanca_imagem.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdxnEp14d0KQ_vJH6SoAKCZFQPxlBt_ZEsnJCA1AFEd-EYo-kEOzg_UsGjhHfHQnNdMEEFjSdgmeE01S_d_DLYeurJ7k4UIF1iYah_zQdYqsMcHp5buN3XaENo0oV1YT8YiJWG0Q/s320/esperanca_imagem.jpg" width="258" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">Imagem de <a href="http://eduardoleandroalves.blogspot.pt/2012/04/o-deus-da-esperanca.html" target="_blank">Terra de Gigantes</a></span></td></tr>
</tbody></table>
Depois de alguns dias na ala só de hematologia, a minha mãe mostrava sinais de estar novamente a ganhar forças. A D. Maria dos Anjos, depois de urinar sangue durante algum tempo e de passar por uma infecção, também estava a melhorar e o ar naquela sala voltou a ser mais respirável, já havia uma réstia de esperança no ar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
A minha mãe tinha muito medo do segundo ciclo de quimioterapia pois sabia que o primeiro já tinha sido difícil e que agora o corpo estava ainda mais debilitado. Volto a salientar que a quimioterapia é necessária para se ultrapassar a doença mas, ao mesmo tempo, é algo tão forte que destrói o corpo. Tudo o que podemos fazer é estar lá para apoiar, não deixar a pessoa sozinha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por estes dias apercebi-me que a viagem que tinha marcada (e já quase toda paga) à China em conjunto com um grupo da Universidade para visitar universidades e empresas do gigante asiático seria dali a pouco tempo. A viagem ia apanhar não só o segundo ciclo de quimioterapia como, pior ainda, ia apanhar o dia da Mãe.<br />
<br />
Numa qualquer altura, a minha mãe apreciaria um pequeno gesto que fosse neste dia. No ano em que ela está internada, com um cancro e a passar por uma situação tão difícil, uma das filhas não ia estar com ela... como fazer isso? Fiquei aterrada quando percebi que não ia estar com ela no dia da Mãe. Pensei em desistir da viagem mas custava-me já a ter quase toda paga e também porque conhecer universidades e empresas não é uma oportunidade que temos numa qualquer viagem feita a título privado. Ela, claro, incentivou-me a ir, disse-me que não fazia sentido nenhum ficar cá e que tinha de aproveitar a oportunidade. Disse-me isso com toda a sua sinceridade embora eu soubesse que, lá no fundo, tinha o coração apertado. Tal como o meu.</div>
Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-65337842540082364822013-02-26T11:46:00.000+00:002013-04-25T21:19:21.409+01:00A mudança para a ala de hematologia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy2fAsKen3VevRvC7mjUkdWOSRXaDzH-tvZTu08I5yd8TKrcqEP9tH7t7xoEMgCbMJKIce754NpHmredFv7SxSnw9zfWZLXGQAVi-sP75mBrX42hSNhlM30RcaD5sAm4fM9Cn9nQ/s1600/batas2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy2fAsKen3VevRvC7mjUkdWOSRXaDzH-tvZTu08I5yd8TKrcqEP9tH7t7xoEMgCbMJKIce754NpHmredFv7SxSnw9zfWZLXGQAVi-sP75mBrX42hSNhlM30RcaD5sAm4fM9Cn9nQ/s1600/batas2.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois do terceiro quarto na ala de hematologia e outros serviços, que viria a tornar-se hematologia e oncologia, e antes de entrar no segundo ciclo de quimioterapia, a minha mãe foi transferida para a ala apenas de hematologia. Aqui, não só os quartos eram maiores como os cuidados a ter pelos visitantes eram completamente diferentes: para além da máscara e da lavagem das mãos sempre que se entrava, passámos a ter ainda que vestir uma bata para prevenir que a nossa roupa pudesse ser uma fonte de contágio para os doentes ali internados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A minha mãe despediu-se daquele espaço (onde mudou três vezes de quarto) onde quase todos os dias viu pessoas a desaparecer à sua volta (tinham morrido mas era algo de que ninguém falava directamente). Pessoas que iam e que deixavam no ar a questão: quem seria a próxima pessoa a desaparecer? Para além da dor da quimioterapia, ver as pessoas desaparecer tornava tudo ainda mais real e sabíamos que, a qualquer momento, podíamos perdê-la.<br />
<br />
Nos primeiros dias a minha mãe esteve mais animada, era uma ala mais sossegada até porque como o problema oncológico era comum todas as pessoas tinham menos vontade de falar tanto ou tão alto e isso ajudava a que houvesse um melhor ambiente para descansar, algo crucial para a recuperação e para os níveis do sangue levantarem o suficiente para se passar ao próximo ciclo de quimioterapia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-HzyxvcxOVm1SpgeuetpKDsf1Tz5_FQ3ywyXjgqsBxsghQLPTqXyfG3MxDTFzDN2OBV5s-Foi2tsV1cfn0BNEFCnwE14WoAn7ouSE3TuovTUWl3FsDoKcmRbSco0aALJQ_3i0cg/s1600/hematologia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-HzyxvcxOVm1SpgeuetpKDsf1Tz5_FQ3ywyXjgqsBxsghQLPTqXyfG3MxDTFzDN2OBV5s-Foi2tsV1cfn0BNEFCnwE14WoAn7ouSE3TuovTUWl3FsDoKcmRbSco0aALJQ_3i0cg/s320/hematologia.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Devo salientar que, sempre que as pessoas conseguiam, era-lhes dito para se deslocarem à sala de refeições para aí comerem. Era uma forma de não estarem sempre deitadas, de conversarem um bocadinho num ambiente mais neutro do que o quarto e também de tentarem não desanimar e restabelecer as forças que ainda tinham. Nesta ala, o horário de visita era mais reduzido, das 16h00 às 19h00, o que significava que não podíamos ajudá-la nos almoços, apenas no jantares. A princípio não nos custou porque ela estava relativamente bem... mas quando começou a piorar foi muito difícil não poder acompanhá-la em todas as refeições.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A D. Maria dos Anjos foi também tranferida para a mesma ala e mesmo quarto no final do dia em que a minha mãe foi transferida e novamente passaram a ser os pontos de apoio de ambas. Mas, na verdade, qualquer pessoa daquela ala tende a apoiar todas as outras desde que com ela tenha qualquer tipo de relação, seja por estar no mesmo quarto, por partilharem a sala de refeições, por se encontrarem no corredor (quando têm forças para andar e estão autorizados a sair do quarto...).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sabíamos que vinha aí o segundo ciclo de quimioterapia e tanto nós como a minha mãe estávamos com medo pois sabíamos o que ela tinha passado no primeiro e sabíamos que podia ser pior já que ela estava mais fraca...</div>
Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-82040758446776953902013-02-06T19:02:00.000+00:002013-03-12T18:33:29.022+00:00Doentes oncólgicos e elos familiares<div style="text-align: justify;">
Passado alguns dias a minha mãe estava cada vez mais fraca e decidiu-se que ela deveria ir para um quarto de isolamento, o que chegou a estar perto de acontecer mas acabou por não se realizar porque entretanto entrou uma pessoa com uma bactéria que poderia contaminar toda a unidade pelo que teria de estar sozinha num quarto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os quartos naquela unidade eram sempre de quatro pessoas mas, como já referi, nem todas eram doentes oncológicas. Especialmente difícil foi conseguir estar num quarto onde estava uma pessoa que passava os dias e as noites a gritar uma vez que não conseguia falar e era a forma que encontrou para tentar comunicar-se. Obviamente que percebíamos o lado da senhora mas também percebiamos que a minha mãe estava cada vez mais fraca e que o facto de não conseguir descansar com tanto barulho estava a fazer com que fosse ainda mais complicado passar por tudo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.aoa.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=50&Itemid=56" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;" target="_blank"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv9lacUKC7X4BRa-hJA4BOMgPkI6r4SV0Q5_7w95JBtZfp8zYPZnV6wr5lBIw0tR6kMAdVIUnJX1FaWDFEB8HpYc2u4iPBgy0vXnwgyOyTdbRGijAvDFGE2iQJWaTQKezB4aHB1A/s320/conver.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">Imagem de: <a href="http://www.aoa.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=50&Itemid=56">http://www.aoa.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=50&Itemid=56</a></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A D. Maria dos Anjos também estava no mesmo quarto. Quando uma se ia mais abaixo a outra animava-a e assim iam tentando passar por uma fase tão complicada das suas vidas. Da mesma forma, a irmã da D. Maria dos Anjos teve sempre uma palavra de força a dizer à minha mãe, guardou sempre uns minutos para vir falar com ela e saber como estava. E o mesmo fazíamos nós pela irmã dela. Criam-se laços próximos com todos os doentes internados na unidade, especialmente os doentes oncológicos e uma ou outra pessoa que se preocupava em ajudá-los, mas creio que posso dizer que a D. Maria dos Anjos foi sempre a pessoa mais chegada à minha mãe.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Numa remodelação do hospital, a unidade onde estava a minha mãe deixou de ter doentes de reumatologia, endocrinologia e diabetes e passou a ter apenas doentes de hematologia e outras doenças oncológicas. Foi nessa altura que houve uma limpeza geral no piso e as pessoas mudaram de quarto. Desta vez, a minha mãe e a D. Maria dos Anjos ficaram em quartos separados mas nunca deixámos de saber como ela estava e a irmã dela passava sempre pelo quarto da minha mãe para dar uma palavra de apoio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por esta altura a minha mãe estava no período pós-quimioterapia e estava bastante mal. Aliás, logo desde a primeira quimioterapia (com excepção dos primeiros dias) começou a vomitar bastante e não conseguia segurar nada no estômago até que se tentou cerelac e ela conseguiu comer um bocadinho. Já a D. Maria dos Anjos nunca vomitava e quem olhava para ela quase podia dizer que não tinha nada. Entretanto, do lado dessa senhora surgiram complicações ao nível de infecções e também por ter fezes com sangue. De qualquer forma, ela conseguiu recuperar e voltar a comer (nunca vomitava mas com estes problemas perdeu o apetite).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFK_7dJukuJy9C3YgBAjqwPSANBwM5hZPS6hxzaYCTUDsMCZywP-hpPSv-4rCfF9tbIE-bINDvodRH122AHV2fG3xEqoH9UwdRzeZSaidaqHEOxgFQ1kV-ke1HNjZxYY5Kk_z23A/s1600/fotolia_842621_s_0353794001334238670.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFK_7dJukuJy9C3YgBAjqwPSANBwM5hZPS6hxzaYCTUDsMCZywP-hpPSv-4rCfF9tbIE-bINDvodRH122AHV2fG3xEqoH9UwdRzeZSaidaqHEOxgFQ1kV-ke1HNjZxYY5Kk_z23A/s320/fotolia_842621_s_0353794001334238670.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">Imagem de <a href="http://www.aoa.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=50&Itemid=56" target="_blank">http://www.aoa.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=50&Itemid=56 </a></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Creio que é importante salientar que a quimioterapia é necessária, é a forma de poder salvar aquelas vidas mas, ao mesmo tempo, é algo tão forte que destrói a pessoa por dentro. Quem visita um doente destes pode apenas dar-lhe apoio e palavras de força enquanto a pessoa está a desaparecer à sua frente. Primeiro o cabelo, depois o apetite, as dores horríveis, o corpo sem forças, as auxiliares que, muitas vezes, não têm qualquer sensibilidade com estes casos e que tratam estas pessoas como se elas conseguissem fazer tudo mesmo quando não têm força para nada. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para a pessoa que passa por estas situações, nem consigo imaginar o que será mas para quem assiste, não é nada fácil de se ver, é uma sensação de impotência e do chão a abrir-se debaixo de nós. A única coisa que podemos fazer é estar presentes e acreditar em dias melhores.</div>
<br />Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-46833417324381181882012-06-14T00:00:00.000+01:002012-06-14T00:00:00.141+01:00O dia-a-dia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7FiosCwHWqTGMGu6TCJDXSWqNl-NTXOUCiIYRyavx2f_DXhD86Q0I788i_fm_zWl8CPMmHH9LPn_jgi3mCH7xRDLCsgtktoGqSKkmDXqensVEsn0nVEa_RvlAOhu2SZY6O5lCOw/s1600/protetor-de-saude-hospital-mascara_3301235.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7FiosCwHWqTGMGu6TCJDXSWqNl-NTXOUCiIYRyavx2f_DXhD86Q0I788i_fm_zWl8CPMmHH9LPn_jgi3mCH7xRDLCsgtktoGqSKkmDXqensVEsn0nVEa_RvlAOhu2SZY6O5lCOw/s320/protetor-de-saude-hospital-mascara_3301235.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Passar as mãos pelo desinfectante e colocar uma máscara na cara para proteger a minha mãe que estava com poucas defesas passou a fazer parte do ritual diário de visita. O maior problema de ela estar numa unidade que não estava dedicada apenas à oncologia era que apenas os familiares destes doentes colocavam máscaras, os restantes não tinham de o fazer mesmo que estivesse a visitar uma pessoa que estivesse ao lado de um doente oncológico... o que acabava por poder pôr em risco estes pacientes...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No HRED o horário de visitas era das 13h00 às 19h00 e a minha mãe esteve quase sempre acompanhada durante esse período. Ajudávamo-la a almoçar (ela tinha poucas forças mas só queria que lhe dessemos o comer quando realmente não conseguia pegar nos talheres) e também o fazíamos ao jantar. Muitas vezes já saíamos depois da hora mas o tempo que lá passávamos ajudava-a bastante. Quando não chegávamos a tempo de ajudá-la ao almoço e ela conseguia (e ainda podia) ir à sala de refeições, várias pessoas que não estavam lá por motivos oncológicos ajudavam-na a transportar o que ela não conseguia. Passaram por ali histórias de pessoas que também sofriam muito (mesmo sem terem cancro) mas que nem por isso deixavam de tentar ajudar os outros. A minha mãe sempre passou muito mal, vomitava a todas as refeições e chegou a não conseguir manter nada no estômago o que tornava ainda mais difícil aguentar a quimioterapia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na primeira e segunda semanas eu e a minha irmã íamos, muitas vezes, as duas visitar a minha mãe. Depois disso tomei uma decisão, iria apenas uma de nós por dia até porque estas visitas deixavam-nos exaustas e porque, tal como a médica nos tinha avisado, não seria uma doença para durar alguns dias e nós não nos podíamos ir abaixo também...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-63043220128698484112012-06-12T16:06:00.000+01:002013-03-12T18:24:03.955+00:00Os primeiros dias no HRED<div style="text-align: justify;">
No dia 16 de Março de 2011 dirigi-me ao Hospital onde me disseram que ainda durante a noite a minha mãe tinha passado dos Cuidados Intensivos para o HRED, uma área que misturava pacientes de hematologia com outros de reumatologia, endocrinologia e diabetes (uma mistura que viria a acabar, passando a existir nesta unidade apenas doentes de hematologia e de oncologia).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA3qgKrSfunA7V0l87QOuoDTlMzHnk3-kM4QMLMzaymry9phlWKqAZCbwbe6hB-UUxM44IVOlvtomi_68prnmAYbeaC-_COm9607oxLUKLqFlLGMZ6eLqpo0RW6jsxTcL3jPETxQ/s1600/img_cadastro_medico.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA3qgKrSfunA7V0l87QOuoDTlMzHnk3-kM4QMLMzaymry9phlWKqAZCbwbe6hB-UUxM44IVOlvtomi_68prnmAYbeaC-_COm9607oxLUKLqFlLGMZ6eLqpo0RW6jsxTcL3jPETxQ/s320/img_cadastro_medico.jpg" width="252" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
A primeira coisa que fiz foi pedir para falar com a médica responsável pelo caso dela. A médica explicou-me tudo em linguagem de Medicina e depois em linguagem o mais simples possível para que eu conseguisse compreender o que estava a acontecer e o que nos esperava. Indicou-me que a Leucemia era uma espécie de cancro mas no sangue e que o tratamento seria a quimioterapia e, numa fase seguinte, o transplante de medula, sempre necessário neste tipo de Leucemia. Explicou-me que este era dos tipos mais complicados mas que não podia dizer-me se a minha mãe iria ou não sobreviver. Como em qualquer outro tipo de cancro, não há certezas até porque cada caso é um caso e cada pessoa reage à sua maneira. A única certeza era que seria algo que iria levar muito tempo, "não pensem em dias nem sequer em semanas", seriam vários meses... e vários meses sem saber o que traria o dia seguinte. Depois de falar com ela, limpei as lágrimas, encontrei forças e desci o corredor para ir animar a minha mãe.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A médica explicou ainda que a quimioterapia que ela tinha feito na noite anterior era para estabilizar minimamente e ver se o organismo aguentava para depois então passar ao primeiro ciclo de quimioterapia. A minha mãe aguentou e começou logo o primeiro ciclo. A primeira semana foi muito difícil mas foi talvez aquela da qual a minha mãe menos se apercebeu pois esteve permanentemente em estado febril (embora sempre tenha estado lúcida) devido à gripe que não a queria largar. Por um lado até foi melhor assim pois a primeira semana que lá passou não teve lugar num quarto por isso esteve sempre numa maca no corredor... enfim. Foi também nessa semana que conheceu a D. Maria dos Anjos, uma senhora que também estava no corredor, que tinha entrado mais ou menos quando ela entrou e que quase sempre a acompanhou (e a minha mãe a ela) durante o tempo em que estiveram internadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-72414795142385623002012-06-02T15:11:00.000+01:002013-03-12T18:27:08.908+00:00A vida dá muitas voltas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="color: #660000; text-align: justify;"><b>A 13 de Agosto de 2010</b> </span><span style="text-align: justify;">deixei o emprego onde estava porque desejava mais e, sobretudo, porque pretendia fazer a minha tese de Mestrado em Audiovisual e Multimédia com bastante calma e da forma mais aprofundada possível...</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de um mês reservado ao descanso, surgiu em outro Mestrado em Marketing Relacional e Comunicação e eu pensei: se estou parada a nível de trabalho, <b><span style="color: #660000;">porque não investir mais na minha formação de Marketing/ Comunicação Empresarial?</span> </b>E lá me inscrevi... foram meses de aprendizagem, praticamente todo o meu dinheiro investido bem como o tempo que pensava que ia ter livre. Porque um Mestrado aqui, mesmo um Mestrado Executivo passa por vários trabalhos de grupo, passa por colocar, efectivamente, "as mãos na massa". O tempo que julguei ter livre começou a evaporar-se e a minha vontade de fazer a tese no outro Mestrado esbarrou na falta de vontade de ler todos os textos a que me propus para fazer a revisão teórica...</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJlCOR6YdE0O8EarA0spjWRklsgetP-5OqSO-dsWQAI074iRw64Gh0QJhAWv-lX5PGvaFP-kp7bJCUCUxuyp3pWH49ECTpQCbKYLqsBJbTh_NGpQPGdH9yc6KMC7w0eoSxLZouNw/s1600/pernas+pro+ar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="http://retalhodevida.blogspot.pt/2010/09/de-tudo-para-nada.html" border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJlCOR6YdE0O8EarA0spjWRklsgetP-5OqSO-dsWQAI074iRw64Gh0QJhAWv-lX5PGvaFP-kp7bJCUCUxuyp3pWH49ECTpQCbKYLqsBJbTh_NGpQPGdH9yc6KMC7w0eoSxLZouNw/s320/pernas+pro+ar.jpg" title="Foto de http://retalhodevida.blogspot.pt" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Foto de: <a href="http://retalhodevida.blogspot.pt/2010/09/de-tudo-para-nada.html" target="_blank">http://retalhodevida.blogspot.pt/2010/09/de-tudo-para-nada.html</a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000;"><b>A 15 de Março de 2011</b></span>, tive uma surpresa nada agradável que me retirou todo o tempo livre e me obrigou a ir buscar forças onde nem sabia que as tinha: porque o ser humano é assim, quando tem mesmo necessidade, inventa forças e coragem... mas um dia acaba por cair de cansado. <span style="color: #660000; font-weight: bold;">Nesse dia, a minha mãe </span>que já há algum tempo não estava bem, foi finalmente<b> <span style="color: #660000;">diagnosticada e internada com Leucemia Aguda</span>. </b>O mundo caiu-nos em cima, numa hora tinha a minha mãe há vários meses sem força e há um mês com uma gripe que não passava e em outra hora, estava nas urgências a levantar a roupa dela, a passar aos médicos o historial clínico dela e a falar com a médica responsável pelo internamento da minha mãe que nos explicou que o caso era grave e que iam começar a quimioterapia já nessa noite...</div>
Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-31827931429530706272012-06-01T16:01:00.000+01:002013-03-12T18:35:11.447+00:00O porquê de voltar a esta casa<div class="separator" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
No último ano passei por um período bastante difícil. Não tive forças (na verdade, nem sequer consegui pensar nisso) para escrever sobre isso durante bastante tempo. Quando as coisas acalmaram um bocadinho, tive pena de não ter registado em fotos, vídeos e num blogue todas as fases por que passámos e aquelas que ainda estão a passar por nós. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBsA8TJsC9k-0-QUkU0t9zF6kNgE29C6EjpaoBdbFZW1tTTpiHA6gldi8Uhwrb2WsLcvrY5EdM3PdXPf_RGhyphenhyphen8O_t8gFIYkfycuSSN0KhYQQUwPdBUPA7g9gdMzttlyKWmZlmGsw/s1600/estrada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBsA8TJsC9k-0-QUkU0t9zF6kNgE29C6EjpaoBdbFZW1tTTpiHA6gldi8Uhwrb2WsLcvrY5EdM3PdXPf_RGhyphenhyphen8O_t8gFIYkfycuSSN0KhYQQUwPdBUPA7g9gdMzttlyKWmZlmGsw/s320/estrada.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Em primeiro lugar, devo dizer, porque acredito que poderia ter tido algum feedback/ apoio também através da plataforma. Em segundo lugar porque acho que poderia ajudar outras pessoas que estivessem na mesma situação. Num corredor de hospital, numa sala de espera para uma área de oncologia formam-se elos magníficos entre os familiares de quem sofre destes males. Elos que, muitas vezes, desaparecem quando saímos daquelas portas até porque, durante muito tempo, dói muito voltar àquelas paredes, recordar tudo o que passou, enfim... De qualquer forma, aquele elo que une os familiares e que dá força a uns e a outros, principalmente nos dias piores, acredito que esse elo também podia/pode ser encontrado online. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Decidi voltar a este blogue porque o mesmo é sobre mim e estes tempos fazem parte da minha vida. Teria feito sentido escrever um blogue apenas sobre esta fase mas isso seria se tivesse pensado nisso quando tudo começou. Escrevendo em retrospectiva, só faz sentido fazê-lo numa <i>casa</i> que já existia, embora tenha estado <i>desabitada</i> durante quase 3 anos.</div>
Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-82663695137419857682009-10-11T13:45:00.002+01:002009-10-11T13:47:41.064+01:00Hoje apetece-me...<a href="http://analuisah.blogspot.com/2006/04/hoje-apetece-me.html">E porque o post é antigo mas actual, volto a ele porque é assim que me sinto.</a>Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-945495985769911902009-01-02T19:47:00.005+00:002009-01-02T20:05:49.944+00:00Dois meses muito lixados<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU-QXmYkRHU3K1LHP0nOLaenb30ymVAnxCoAfs3fZoGKZ0jT3VeFxJ19Ykr7ASIrojivxY4KeK1vRtKiiL5Xo6w8NPyEt9sgDwUG2XMyAjJ0AuLeYRruTBA-zewwGnUxRDzi1gYw/s1600-h/Carnaval+2005+090.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5286789860182041794" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU-QXmYkRHU3K1LHP0nOLaenb30ymVAnxCoAfs3fZoGKZ0jT3VeFxJ19Ykr7ASIrojivxY4KeK1vRtKiiL5Xo6w8NPyEt9sgDwUG2XMyAjJ0AuLeYRruTBA-zewwGnUxRDzi1gYw/s320/Carnaval+2005+090.jpg" border="0" /></a><br /><div>Em dois meses tanta coisa mudou, tanta alegria desapareceu assim como desapareceram algumas pessoas importantes na minha vida.<br /><br />Comecemos pelo principio. No início de Novembro a minha sogra aleijou-se no joelho (e foi tão mal atendida no Hospital de Castelo Branco que ainda hoje coxeia e talvez nunca venha a ficar boa!!!!).<br /><br />Uma semana depois um dos meus cunhados bate com o carro e por pouco não morre neste acidente. Ainda o carro dele não estava arranjado (e continua por arranjar!!! Os seguros são um espectáculo), leva a Castelo Branco a carrinha dos pais dele (a única que tinham para ir a algum lado e para ir às hortas), dorme lá e no outro dia encontra apenas o lugar vazio. Era uma Mitsubishi Strakar e nunca mais a vimos!!!<br /><br />Mas o pior ainda estava para vir. A 27 de Novembro recebemos uma notícia que ninguém devia receber. Um dos meus cunhados morreu em França (ele ia fazer apenas 23 anos na semana seguinte!). Ele era madeireiro. Uma árvore arrancou-se e uma das raízes veio bater-lhe no peito. Tirou-lhe o ar e ele morreu instantaneamente. Uma morte estúpida...<br /><br />Como é que se dá esta notícia aos pais que ainda não se tinham refeito das tristezas anteriores? Aliás, como se dá esta notícia a qualquer pai ou mãe? De que perderam um filho que não estava doente. De que perderam o filho que tinha saido há uma semana do pé deles, que tinham estado a apanhar a azeitona e tinham rido juntos...<br /><br />Fomos até França e não conseguíamos acreditar que ele não estava connosco. Ficámos junto ao corpo até podermos trazê-lo e olhávamos para ele incrédulos... ele estava exactamente como era, não tinha nada partida, nada ferido... só estava MORTO.<br /><br />Mas ainda não tinha acabado. Um primo dele que me trouxe de carro para Lisboa no fim do funeral, morreu na semana seguinte. Abalroado por um camião que não se fez rogado em avançar quando tinha apenas um intermitente. Deixa uma filha de 17 anos e uma mulher numa cadeira de rodas com um cancro no cérebro. Os últimos tempos da vida dele não foram fáceis. mas não precisava de acabar assim. Não merecia. Ninguém merecia.<br /><br />E para o ano acabar em grande, dia 30 de Dezembro um dos meus cunhados bate com o carro do meu marido e assim, nem a passagem de ano, pôde ser como tínhamos planeado.<br /><br />Foi o ano em que me casei mas os últimos meses de 2008 não deixaram saudades. Viva 2009 e que este ano nos traga tudo de bom pois de mau já tivémos a nossa parte.</div>Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-61709671075879236942008-11-01T16:50:00.002+00:002008-11-01T16:53:40.995+00:00Um passo de Marketing<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUVYQiqDD9oZZGEwkfFE8Ge9ZGsusxvIk0l1qZ6uI54IlyV5iN-lgD-iRrA4nG9UizsZUTG2fP5SM5bMTmjFWp2yHa-VrC26Z_edHb5mTp7vAgoD5HpD2IsIlMgOu2nOGuX_bE_g/s1600-h/stress_one.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5263733039660833186" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUVYQiqDD9oZZGEwkfFE8Ge9ZGsusxvIk0l1qZ6uI54IlyV5iN-lgD-iRrA4nG9UizsZUTG2fP5SM5bMTmjFWp2yHa-VrC26Z_edHb5mTp7vAgoD5HpD2IsIlMgOu2nOGuX_bE_g/s320/stress_one.gif" border="0" /></a>Eu estou a trabalhar em Marketing de Cinema...<br /><div></div><br /><div>Sem esperar, bateram-me à porta e perguntaram-se se estava interessada em concorrer ao lugar.</div><div></div><br /><div>Fui porque não tinha anda a perder e apenas um ordenado e experiência a ganhar.</div><br /><div></div><div>Fiquei. É uma loucura de trabalho em que muitas vezes chego a casa com vontade de chorar de largar tudo e vir embora. São tantas coisas para fazer que saio de lá sempre em stress a pensar em tudo o que não fiz e em tudo o que poderia fazer para estar, realmente, a fazer um bom trabalho.</div><div></div><br /><div>De qualquer forma, continuo lá. Até porque a área está difícil, porque se sair os empregadores nunca vão saber que fui eu que quis sair (o que vai estar no meu CV será uns meses de trabalho...) e proque tenho experança de que percebam de uma vez que se pode fazer um excelente trabalho se tivermos meios (e pessoas) para isso. </div><br /><div></div><div>E porque vem aí o 5ª canal e nunca se sabe que oportunidades vão surgir ;)</div><br /><div></div><div>Assim continuo...</div>Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-10877491125506144452008-08-10T13:10:00.004+01:002008-08-10T13:18:57.913+01:00Uma nova etapa<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK0szovjQTkJ7LzSqi8cr0WbaaGkfE3H3F_E4zGwy2WcxzAi6mCsgO4twcMyPYRkhWkHUjDvMnimtvi2qo1Uo79oxWP_a2XJbkLPKPy_lq3FSZz3iv_4vhUU4Sw1e2uIgp_YF8UA/s1600-h/etapa.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5232861407919756386" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK0szovjQTkJ7LzSqi8cr0WbaaGkfE3H3F_E4zGwy2WcxzAi6mCsgO4twcMyPYRkhWkHUjDvMnimtvi2qo1Uo79oxWP_a2XJbkLPKPy_lq3FSZz3iv_4vhUU4Sw1e2uIgp_YF8UA/s320/etapa.jpg" border="0" /></a>Pois... vou começar a trabalhar em Marketing de Cinema.<br /><div></div><br /><div>Não tenho experiência e vou ter apenas uns belos 3 dias com a pessoa que vou substituir... depois fico uma semana sozinha e sou lançada aos leões!!!</div><br /><div></div><div>Lá terá que ser. Tenho algum receio porque é algo que nunca fiz e a função de Publicity tem muitas tarefas atribuidas. Só posso dizer que vou dar o meu melhor. Espero que o meu melhor seja suficiente...</div><br /><div></div><div>Duas semanas antes do casamento vou começar a trabalhar... Como se costuma dizer, não se pode ter tudo!</div><br /><div></div><div>Só espero que corra tudo bem: tanto no casamento como na empresa.</div><br /><div></div><div>Logo veremos ;)</div>Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-59614613623732566282008-08-04T16:49:00.002+01:002008-08-04T16:52:26.791+01:00Na chinaCostuma dizer-se "em Roma, sê romano"... pois é, <strong><span style="color:#3333ff;">o império chinês</span></strong> levou o ditado à letra, mais concretamente os taxistas do país, e é quase impossível chegar a algum lado sem falar mandarin...<br /><br />Ora vejam lá esta notícia da <a href="http://www.lusa.pt/lusaweb/user/showitem?service=310&listid=NewsList310&listpage=1&docid=8612341">Agência Lusa</a>Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-46907673432423058632008-07-31T17:08:00.004+01:002008-07-31T17:15:12.843+01:00E se...Ligaram-me... queres tentar uma vaga que surgiu em Marketing?<br /><br />Não tenho experiência mas marketing de cinema é algo bastante interessante.<br /><br />Fui à entrevista e foi algo surreal: achei que não gostaram de mim e a entrevistadora achou que não gostei do trabalho em questão... isto de falhas tão grandes de comunicação para quem tirou precisamente Ciências da Comunicação não devia ser permitido!!!!<br /><br />Enfim, de qualquer forma chamaram-me para ir fazer a prova de inglês (ui, agora é que são elas... fiz o First certificate mas já foi há alguns anos e a língua já esteve melhor)...<br /><br />Agora é aguardar o resultado e fazer figas para só começar depois do casamento (no caso da prova de inglês não me ter afastado da vaga).<br /><br />Se não ficar com a vaga, em Setembro o mundo da Comunicação que me aguarde!!!Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-11332420879062761522008-07-01T12:26:00.005+01:002008-07-01T12:51:06.730+01:00Hoje<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyjm44VmtK5E2N7Br2qlcifotSEjl0sD_VWSL_pNtGjskecJ2F2dz0MmekW74Rp0N2gfqs8yDN_1yw0QuSFVSneooMpCseH_dffXREtaq5BwZO_AtunJeop6MezOI5pBRRTgVfJg/s1600-h/Testemunhas2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5218010157846680210" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyjm44VmtK5E2N7Br2qlcifotSEjl0sD_VWSL_pNtGjskecJ2F2dz0MmekW74Rp0N2gfqs8yDN_1yw0QuSFVSneooMpCseH_dffXREtaq5BwZO_AtunJeop6MezOI5pBRRTgVfJg/s320/Testemunhas2.jpg" border="0" /></a>De 21 de Março até hoje, dia 1 de Julho, muita coisa se passou e a minha vida mudou radicalmente.<br /><div></div><br /><div><span style="color:#ff9900;"><strong>Em Março</strong></span> andava às voltas com o Aniversário da Intranet que foi um evento que nos deu muito trabalho mas em que também aprendemos muito. Acima de tudo foi muito gratificante pelo elevado número de inscrições de equipas e pelo feedback positivo que recebemos depois de terminada a acção.</div><div></div><br /><div><strong><span style="color:#3333ff;">Hoje</span></strong>, ando às voltas com os preparativos do casamento (vou casar em Agosto) e com os preparativos da casa (que ainda está na fase de remodelação interior) e... não estou a trabalhar!</div><br /><div></div><div>No final de Novembro de 2007, tive dúvidas em continuar. Tinha decidido vir embora mas fiquei pelo que a equipa onde estava significava para mim, pelo nome da empresa e, acima de tudo, pelo projecto com o qual me começava a identificar.</div><div></div><br /><div>No final de Maio, terminou o meu contrato de estágio profissional. Tinha pensado em ficar mas a vida e o orçamento da empresa trocaram-me as voltas e vim para casa.</div><br /><div></div><div><strong>Não me arrependo de ter lá ficado em Novembro.</strong> E confesso que ter lá ficado agora teria sido bom para mim. Em termos do que ainda podia aprender e também em termos de ordenado (que não seria mau) e também devido à estabilidade que ia ter.</div><br /><div></div><div>Por outro lado, também estava algo estagnada (sempre a fazer coisas novas mas sem grande margem para evoluir pois estava espartilhada entre duas áreas).</div><br /><div></div><div>Não escolheria vir embora mas ter tido que sair, deu-me tempo para descansar e para organizar tudo o que tenho em mãos. Novos projectos? Eles virão a seu tempo. </div><div> </div><div><strong><span style="color:#ff9900;">Quero acreditar</span></strong> que não vou ficar meses a fio sem encontrar nada na área de Comunicação mas também... até ao casamento que se aproxima a passos largos, só me candidato a grandes oportunidades que apareçam. Depois disso, começo pelos locais em que realmente gostava de trabalhar (quem sabe não tento experimentar produção televisiva) e vou descendo na hierarquia de preferências até encontrar algo interessante (espero eu!).</div><br /><div></div><div><strong><span style="color:#3333ff;">Angustiam-me</span></strong> apenas os relatos de colegas que ficaram 4 meses em casa antes de conseguirem uma oportunidade razoável... enfim, o futuro é já amanhã mas só no futuro saberei o que será o meu próximo projecto.</div><br /><div></div><div>Para quem está de férias: APROVEITEM! ;)</div>Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-66631046729344427262008-03-21T13:49:00.000+00:002008-03-21T13:50:04.816+00:00Aniversário da IntranetHoje é sexta-feira santa e vou trabalhar à tarde. vamos fazer uma maratona para acabar tudo a tempo do 5º Aniversário da Intranet que é ja na 2ª-feira.<br /><br />Deposi de uma semana em que saí ora as 22h45 ora às 22h00, ontem consegui sair às 20h00 (o meu horário é suposto ser até às 18h00!).<br /><br />Andamos numa maratona que pode incluir até do dia de Páscoa (espero que não!)<br /><br />Não estou contente, estou bastante cansada mas, a parte em que sentimos o retorno é quando vemos que, inscritas na acção prevista para o Aniversário estão 42 equipas!!!<br /><br />Esperávamos à volta de 20... e tivémos mais do dobro.<br /><br />Agora é trabalhar muito para conseguirmos acabar tudo a tempo e que todos os momentos do Dia D (2ª-feira) corram o melhor possível.Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-69678647899867013272008-02-19T09:22:00.001+00:002008-02-19T09:26:53.241+00:00Nem sempre o que se quer9 meses depois de ter entrado ainda se nota que fui a últma a chegar à equipa... o que não há tempo para fazer, o que não apetecer fazer... adivinhem quem fica com estas coisas?<br /><br />Pois é, sou eu. Às vezes dá vontade de gritar que se faço tudo o que os outros fazem e ainda passatempos, é natural que tenha menos tempo livre e não mais mas enfim... é o que é e a única coisa a fazer é deixar por fazer quando não consigo, e avisar por que não consegui.<br /><br />Uma boa equipa, um local interessante para trabalhar mas estou espartilhada entre duas áreas e ninguém para entregar as coisas quando tenho muito que fazer. Na teoria poderia passar coisas, na prática, elas ficam por fazer se não as faço.<br /><br />Já passaram três meses do 2º estágio, ainda falta igual período. Gosto de estar aqui mas não me importava de ir para programação televisiva. A verdade é que ainda não enviei CV's para lado nenhum... mas tenho de começar a pensar nisso.<br /><br />Um bom dia para todos.Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-85136501088136459662008-01-20T21:25:00.000+00:002008-01-20T21:35:03.216+00:00Um dia a seguir ao outro.... e o futuro em frenteMais de 2 meses sem escrever nada aqui??? Não pode ser! Isto anda muito morto.<br /><br /><div align="center"><em>"É preciso ter dúvidas. Só os estúpidos têm uma confiança absoluta em si mesmos"</em></div><div align="center">Welles, Orson</div><div align="center"></div><br /><div align="left">Tenho dúvidas. Muitas dúvidas. Gosto de onde estou a trabalhar. Gosto e fico lá enquanto lá me quiserem, a menos que surja uma boa oportunidade, especilamente se for em programação televisiva, área em que gostava mesmo de trabalhar.</div><div align="left"></div><br /><div align="left">Por agora, mantenho-me com um <a href="http://acaixinhamagica.blogspot.com/">blogue na área da Televisão</a>, um blogue que poderia ser muito mais do que é se tivesse mais tempo para ele.... mas não se pode ter tudo. Resta-me prestar atenção ao mercado televisivo e às novas plataformas de conteúdos. Sim, porque a televisão nunca vai morrer, pode é multiplicar-se pela várias plataformas. A caixinha pode ter os dias contados (ainda que, se vier a morrer, essa morte ainda esteja bastante longe) mas os conteúdos que a ela associamos, esses não desaparecem, apenas se ajustam às plataformas tal como o cinema se ajustou ao grande ecrã, não é apenas teatro filmado.</div><div align="left"></div><br /><div align="left">Gosto do que faço. Acredito na empresa onde estou. É giro escrever algusn dos conteúdos que faço. Estou bastante por dentro da área que me interessa... mas fica a faltar aquele mas... enfim ;) Teria sido uma grande asneira se não tivesse aceitado ficar....</div><div align="left"></div><br /><div align="left">Cá estamos.</div>Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-83696811936359100472007-11-10T15:49:00.001+00:002007-11-10T16:11:01.474+00:00Um contrato<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNCJikBAEkzWb0BUjWB9lloOrs7duFYfEve96sH4NPpvULr86-FTgSktVBK93qP9PywNZKfIsxqzShI2TNBvmy37VKL2WJcw2zmF0YUjpJNVpZPkO6UUhkbyWCSuf0X15CQgTGXA/s1600-h/miragem.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5131244388178533522" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNCJikBAEkzWb0BUjWB9lloOrs7duFYfEve96sH4NPpvULr86-FTgSktVBK93qP9PywNZKfIsxqzShI2TNBvmy37VKL2WJcw2zmF0YUjpJNVpZPkO6UUhkbyWCSuf0X15CQgTGXA/s320/miragem.jpg" border="0" /></a>E Dezembro está a chegar.<br /><div>E o estágio está a acabar...</div><br /><div></div><div>E... parece que vou ficar!</div><br /><div></div><div>Perguntaram-me se quero ficar e eu disse que não era daquilo que gostava. Que queria tentar o que gosto mesmo mas... fizeram-me ver que posso sempre tentar mudar e, enquanto isso, ter um ordenado e um emprego algo estável, numa equipa em que me sinto muito bem.</div><br /><div></div><div>Claro que há chatices. Claro que me chateia ter de pedir a três pessoas para sair mais cedo quando ninguém me dá nada nem pergunta quando tenho de ficar até mais tarde!</div><div>Claro que me chateia quando dizem (sem mal mas dizem) que saio mais cedo, porque só o faço porque CHEGO MAIS CEDO e até faço uma hora de almoço menor do que os outros. </div><div></div><br /><div>Mas, para além disso, o ambiente que se vive naquela direcção é muito bom, já todos me disseram que é dificil encontrar uma equipa que se dê tão bem. Nos momentos dificieis em que tive de faltar, também todos compreenderam...</div><br /><div></div><div>Enfim, disse que ficava (até porque precisam mesmo de uma pessoa, se eu saisse teria de vir alguém) até porque não tenho mais nada, até porque na área da Comunicação as coisas estão dificies. Sei que teria emprego, muito provavelmente, mas sabe-se lá em que condições!!! E até estou numa boa empresa.</div><br /><div></div><div>Vou ficar mas não vou desistir de lutar pelo que quero. Todos sabem que aquela não é a área onde quero ficar, ninguém foi enganado quanto à minha permanência ali... e todos apoiaram a minha decisão.</div><br /><div>Afinal, será tão bom para a empresa eu ficar como o será para mim. Como disse a minha Directora "não gostaria de ter ver como já vi muitos, a irem-se abaixo por não terem nada ou a aceitaram qualquer coisa para não ficarem parados".</div><div></div><br /><div>Isto fez-me pensar. As histórias de recibos verdes, ordenados baixissimos e ambientes de trabalho horriveis de outros colegas também me fizeram pensar.</div><div></div><br /><div>Se calhar até tive um grande sorte e estive prestes a atirá-la fora...</div><br /><div>Sonhos de quem acabou a licenciatura há pouco e ainda acha que pode conseguir tudo... Não vou parar de lutar mas pelo menos vou ter algo porreiro a que me agarrar enquanto não estiver onde quero.</div><div></div><br /><div>Chamaram-me maluca por ainda ter que pensar... mas quando se está num local 6 meses sem que o trabalho seja realmente o que gostamos (principalmente se tievrem lutado bastante para seguirem o que querem), já tiverem planos de descando para Dezembro e algumas ideias (que podem ser apenas miragens) para Janeiro as coisas ficam algo confusas.</div><div></div><br /><div>Balancei mas aceitei. Falta passar nos testes psicotécnicos para assinar contrato. Contrato que posso rescindir a qualquer momento, mediante as regras que o código do trabalho dita.</div><br /><div></div><div>Os sonhos são lindos mas a realidade é dura. Há que lutar para alterá-la mas, se possível, agarrando as boas oportunidades que surgem (mesmo que não bem na mesma área).</div><br /><div></div><div>Um obrigado a todos os que me deram conselhos sem nunca me pressionarem. Um obrigado especial à minha mãe que me viu tão em baixo e com tanta vontade de ir à procura do que quero, qe me deixou à vontade para sair da empresa mesmo que não tivesse outra coisa para fazer. Sei que ela queria que eu aceitasse mas nunca o disse para não me pressionar.</div>Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-62858346217078128862007-10-07T20:03:00.000+01:002007-10-07T20:04:10.032+01:00Votação de blogues<strong>Até 30 de Setembro</strong><br />vote no <a href="http://melhorblogportugues.com/">melhor blogue português.</a><br /><br />e no <a href="http://www.superbock.pt/SuperBrand/Super_Blog_Awards/Regulamento.aspx">super blogue.</a>Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-41557852435603101622007-09-01T17:13:00.001+01:002007-09-01T17:13:55.023+01:00Mais uma semanaÉ muito chato ter que estar no local de trabalho até à hora de saída mesmo sem ter nada que fazer...<br /><br />Um dia já é chato... agora imaginem uma semana inteira!<br />Pensar nas mil e uma coisa que podia estar afazer (entre elas, deitar-me a descansar) e ter que estar ali duas horas por dia a fazer que trabalho... sinto-me presa. E odeio isso!!!!<br /><br />Para além destas partes chatas, em que se pode sair mais tarde mas mais cedo é preciso autorização... a semana passada fiz umas revisões numas coisas muito giras que a empresa está a fazer. E aprendi bastante no que li.Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-78256383630758920802007-08-13T20:51:00.000+01:002007-08-13T20:55:47.877+01:00Porquê?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPeaCHM2fc8XMjxCxj3vQPkF5U6G5NW2lyZrMuznv1ae1vpDsoclhjEAwC0CVrRpgdPpbZqq9gZrAZxQ3v3ZCrEIYZ7iBT1V3AKKyzT5znOolr9jzhv9DnNGz9OnTd4_JJMbwPsg/s1600-h/porque.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5098276167300252514" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPeaCHM2fc8XMjxCxj3vQPkF5U6G5NW2lyZrMuznv1ae1vpDsoclhjEAwC0CVrRpgdPpbZqq9gZrAZxQ3v3ZCrEIYZ7iBT1V3AKKyzT5znOolr9jzhv9DnNGz9OnTd4_JJMbwPsg/s320/porque.jpg" border="0" /></a>Porque é que na minha vida nunca tenho nada para fazer ou nenhuma oportunidade que valha a pena e...quando agarro uma, surgem logo duas ou três muito boas que não consigo conciliar????<br /><div></div><br /><div>Porque será que acontece tudo ao mesmo tempo...?<br /></div><div></div>Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-11159467.post-20487010633109249482007-08-06T20:02:00.000+01:002007-08-06T20:03:19.984+01:00Uma frase que li e achei fantástica"<span style="color:#3333ff;">Siddhartha</span>" de Hermann Hesse.<br /><br />"Compreender o mundo, explicá-lo, desprezá-lo, são coisas que poderão agradar aos grandes pensadores. Mas eu considero mais importante amar o mundo, não o desprezar, não o odiar nem me odiar, observá-lo, a mim e a todos os seres, com amor e admiração e respeito".Ana Luísa Henriqueshttp://www.blogger.com/profile/13850508262798860984noreply@blogger.com0