terça-feira, janeiro 31, 2006

Analógico vs Digital


foto de: http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=view&id=32748

Vi uma noticia que me intrigou bastante. A Nikon vai deixar de fazer modelos de máquinas fotográficas analógicas e a Konica-Minolta vai sair do negócio da fotografia e dedicar-se à pesquisa electrónica, associada à Microsoft.
Foi apenas há 70 anos que a Nikon começou a fabricar máquinas fotográficas...e hoje as máquinas analógicas são apenas 5% das vendas. Deixaram de ser rentáveis.

É muito mais cómodo ter uma máquina digital. Retocar as nossas fotografias. Tirar centenas sem que o custo seja muito elevado. Guardar num computador ou num CD centenas de fotografias. Imprimir apenas aquelas que realmente queremos....Enfim, a verdadeira democratização da fotografia. Fácil e barato.

No entanto, não posso deixar de me questionar...não estaremos a perder a verdadeira magia da fotografia?
Aquela magia que apenas um negativo nos poderia oferecer. Uma imagem que uma caixa negra guardava dentro dela e que nos deixava em suspense até a revelarmos. Noções de fotografia, de conhecimentos de luz e outros que vamos deixar de aprender. No futuro, talvez já nem saibamos o que são.
Será que amanhã, uma explicação do que é a fotografia aos nossos flhos vai parecer uma história de encantar e não a realidade aqui tão perto?

É preciso aproveitar o futuro...mas sem nunca esquecer o passado e o que ele nos ensinou!

domingo, janeiro 15, 2006

Eu...sou eu

Ao ler uma postagem, num blog bastante interessante (http://silenciosdemim.blogspot.com) dei por mim a pensar que também eu quero ser diferente. Quero ser eu própria. Sou eu própria, ou pelo menos penso que sim...
Também eu tenho vontade de quebrar as regras e gritar ao mundo que não deve ser assim.
Também eu, por vezes, me sinto parte de uma fotografia onde o sorriso é ficticio. Também eu sinto, algumas vezes, que eu não sou eu, que sou o que os outros querem.
Na maioria das coisas, eu decido por mim. mas...e aquelas pequenas coisas que não são nada e que, quando damos conta, já são tanto?!
Queria quebrar as regras, deixar os que conheço e partir para algo diferente.
Mas ao mesmo tempo, o medo de me arrepender segura-me onde estou. Era tão bom se os outros ficassem como que supensos, parados à espera que nós voltassemos se assim o quiséssemos! Mas não, se quisermos voltar, se calhar algumas pessoas já não estarão à nossa espera. Nem têm de estar. Eu, se calhar, também não esperava.
Não se pode pedir a alguém que suspenda a vida enquanto vamos procurar a nossa. E se não voltarmos? Como se sentirão as pessoas?!
Eu...sou eu e ao mesmo tempo não me reconheço em mim.
Será que isto são meras divagações? Ou um dia terei coragem e vou perceber que até lá nunca vivi?

Quero tanto e tão pouco. Quero o mundo e quero apenas o meu cantinho.
Assim...sou eu.