segunda-feira, fevereiro 12, 2007

"Este livro que vos deixo..."

"Os meus versos o que são?
Devem ser, se os não confundo,
pedaços do coração
que deixo cá neste mundo."

ALEIXO, António (1969), Este livro que vos deixo..., 1.º vol., 5.ª Ed., Loulé, 1979

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Curso de Português em risco em Cambridge

O curso de estudos Portugueses está em risco na Universidade de Cambridge.

Para quem achar que faz sentido, aqui fica uma petição para tentar demover os responsáveis de tal ideia.
http://www.petitiononline.com/portsACP/petition.html

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Que lugar para a "caixinha mágica"?

No ano de 2007 muitas questões se põem à televisão da nova era...era da Internet ou de algo mais do que isso, algo cuja identidade se revela numa súmula de plataformas, não no multimedia mas no multiple media, como refere Northdrup.

A Televisão já não pode ser entendida como estando sozinha no mercado. Já não é hegemónica e está, rapidamente, a perder terreno para o novo meio de comunicação. O pequeno ecrã passou a rivalizar com a Internet pela atenção dos espectadores. Entre o telejornal, a novela e a série já o espectador ficou a saber o que se passa no mundo e já viu aquele episódio perdido, o novo que ainda não estreou ou, simplesmente, aquele vídeo caseiro tão engraçado nas páginas da web.

A publicidade está a fugir para a rede e isso põe em causa a sobrevivência de outros meios de comunicação. Não será para já...mas eles poderão vir a colapsar. No mínimo, sofrerão grandes alterações e há que saber lidar com elas. Os anunciantes estão à beira de um ataque de nervos mas os programadores já perderam os cabelos. No meio de tudo isto, espera-se que as novas gerações aprendam com as anteriores e com todo o conhecimento disponível de modo a que a caixinha mágica possa ter um futuro.

E, já agora, que ele não seja negro.

Este e outros textos sobre Televisão em:
http://acaixinhamagica.blogspot.com/

"Figuras femininas da ficção nacional não reflectem lado profissional"

O papel das mulheres na ficção portuguesa continua a estar dominado por ideias feitas. Mesmo quando as figuras femininas surgem em funções de chefia, o aspecto profissional da sua vida é abafado pelo enredo amoroso. Quem o defende é Felisbela Lopes, professora universitária e investigadora na área dos média. "Não vejo em Portugal a profissão a reflectir-se na vida da personagem feminina. Os papéis são estereotipados e quando tentam fugir ao lugar comum parece que não o conseguem fazer".

Na novela "Tempo de viver" (em exibição na TVI), por exemplo, assim que uma mulher tomou o comando dos negócios, antes geridos pelo marido, fez-se logo notar a diferença. "Ela não parece tão activa, fica aquém da capacidade interventiva que tinha a figura masculina". O que quer dizer, no ponto de vista da professora universitária, que o seu papel vai servir o estereótipo da condição feminina.

Felisbela Lopes encontra o contrário na novela brasileira "Páginas da vida" (em exibição na SIC), da TV Globo. "A mãe adoptiva é médica obstetra e esse facto justifica todas as suas opções". A personagem da fotógrafa é outro "bom exemplo" da relação profissão e vida quotidiana. O que faz para "ganhar a vida altera o seu dia-a-dia".

"Em Portugal, a história parece sempre pensada em função do enredo amoroso, como se as mulheres só corressem à procura do amor, parece que vivem só em função das questões sentimentais".

Texto do Jornal de Notícias, pode ser visto no seu todo, aqui.